sábado, 14 de janeiro de 2012

SOU

     Pantanal - Brasil - L. M.

Sou um rio sem ter margem
Nascente de água corrente
Que extravasa de repente
Em torrentes de emoção
Sou a lava dum vulcão
Sou o verde da folhagem
O azul do infinito
O eco de qualquer grito
Vindo d’além da lonjura
Arrastado pela aragem
Numa tarde de frescura
Sou a paz do meu silêncio
Sou o bramido do mar
Sou o cheiro do incenso
De missa por inventar
Sou tudo aquilo que faço
Os sonhos que eu abraço
O que penso e o que digo
O que sinto, o que conheço
Sou o princípio do fim
Sou aquilo que pareço
E o que pensam de mim

Landa

Lisboa, 20 de Julho de 2010
Em “NAS ASAS DO VENTO”