segunda-feira, 26 de março de 2012

PEQUENA HOMENAGEM

Parque de Monsanto - L. M.



Parque Florestal de Monsanto


Nos anos trinta do século passado, a crescente procura de terrenos para construção levou Duarte Pacheco, então Ministro das Obras Públicas e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a recuperar uma ideia que vinha de 1868: a arborização da Serra de Monsanto. Foi o arquitecto Keil do Amaral que desenvolveu o projecto para o parque, incluindo zonas recreativas e desportivas, algumas delas ainda hoje existentes.
Hoje em dia, considerado por todos como o “pulmão” de Lisboa, este parque ocupa uma área superior a 1000 ha, cerca de 1/8 da área total da cidade. O parque está totalmente arborizado, tendo também uma vida animal intensa e variada. Para além disso, integra vários miradouros com vista panorâmica sobre a cidade e o rio, bem como inúmeros locais propícios para desporto e recreio.
O ano passado, toda a área de Monsanto, desde o Parque do Calhau até à Serafina, passando pelo Anfiteatro Keil do Amaral, foi alvo de uma revitalização, entregando todo aquele espaço natural e de lazer novamente aos habitantes da região de Lisboa. Hoje em dia, está garantida a segurança e as condições necessárias para que se possa usufruir de tudo o que Monsanto tem para oferecer.
 

Texto retirado da Internet da agenda cultural da  Câmara Municipal de Lisboa

PRIMAVERA EM MONSANTO






A Primavera semeou de prata

Parque de Monsanto - L.M:




e ouro o Parque de Monsanto

Parque de Monsanto - L.M.

sexta-feira, 23 de março de 2012

ILUSÃO


     Imagem retirada da net

Soaram campainhas
Pensei ouvir bater
Sabia que não vinhas
Mas mesmo assim fui ver

A lua era uma esfera
A noite ia nascer
O som ficou à espera
Do que havia a fazer

Olhei a porta aberta
A rua tão deserta
O céu dum rosa lindo

Já não se ouviam passos
A fome dos meus braços
Era um vazio infindo

Landa

Lisboa,27 de Agosto de 2011
Em “NAS ASAS DO VENTO”

VIAGEM

     Imagem retirada da net

Brinquei às escondidas com a vida
A sorte acompanhou-me com carinho
Venci, também por vezes fui vencida
Mas voltei quase sempre ao meu caminho

Remei contra as correntes e a maré
Enfrentei uma enorme tempestade
Encontrei ventos fortes pela ré
Lutei com toda a força da vontade

Agora no meu cais bem abrigado
Na calmaria do entardecer
Sentada num recanto resguardado
Posso enfim ver a vida acontecer

Landa

Lisboa, 25 de Julho de 2008
Em “NAS ASAS DO VENTO”

quarta-feira, 21 de março de 2012

POESIA

Claude Monet - retirado da net

Poesia não tem definição...
É tudo aquilo que nos toca a alma
Folha que o vento leva em turbilhão
As cores dum poente em tarde calma

Um pássaro que esvoaça em pleno céu
Um barco que navega pelo rio
A brancura da neve como véu
Envolvendo em silêncio um dia frio

Poesia é um rosto puro de criança
Um aceno de mão cheio de esperança
Um gesto que nos mostra amor... bondade...

Poesia é a tela de um pintor
Um botão a abrir-se em plena flor
Ou lágrima num rosto sem idade

Landa


Lisboa, 22 de Março de 2007
Em “PARA ALÉM DO HORIZONTE…”

PRIMAVERA

 


QUINTA DO ARCO - Roseiral - L.M.


Quando se passa nas ruas
As árvores que estavam nuas
Começam a florir
Os pássaros com seus trinados
Parecem enamorados
É a Primavera a surgir

Há mais flores no jardim
Um doce aroma a jasmim
As rosas têm mais cor
Os casacos são mais leves
Não há o frio das neves
Vai começar o calor

O sol volta a brilhar
Há menos vento no mar
Uma borboleta esvoaça
E ontem, mesmo à tardinha,
Vi passar uma andorinha
Num voar cheio de graça

Nos parques a criançada
Brinca mais alvoroçada
Com os avós a vigiar
O ar parece mais puro
E eu até quase que juro
Que o Amor anda no ar.

Landa

Lisboa, 5 de Abril de 2006
Em “PARA ALÉM DO HORIZONTE…”

segunda-feira, 12 de março de 2012

ALGUÉM


 imagem retirada da net


http://www.4shared.com/audio/CL6eZ5os/Algum_Landa_Machado.html


http://www.youtube.com/watch?v=ntzQ-vXPKnw&feature=colike



Tenho saudades dalguém
Alguém que não conheci
Alguém que não é ninguém
Alguém que tive e perdi

Alguém que imaginei
Ou sonhei numa outra vida
Alguém que tive e deixei
Sem ter feito a despedida

Alguém que ficou parado
Numa curva do caminho
Um amigo ou namorado
Que abandonei lá sozinho

Alguém que nasceu comigo
Que existe dentro de mim
Alguém que ficou perdido
Mas que hei-de encontrar por fim


Landa

Lisboa, 13 de Agosto de 2011
em "NAS ASAS DO VENTO"

quinta-feira, 8 de março de 2012

MEU DIA DA MULHER

Imagem retirada da net

Com um ar de menino agaiatado
Num corpo onde a miséria se alojou
Esperava por mim em qualquer lado
Numa estranha amizade que medrou

No Dia da Mulher trouxe-me flores
Daquelas apanhadas no caminho
Um ramo pequenino de mil cores
Com laços enfeitados de carinho

Um dia igual a tantos que vivi
Até àquela hora do sol-posto
Quando ao abrir a porta ali o vi…
O pranto deslizou pelo meu rosto

Landa


Lisboa, 12 de Março de 2008
Em “NAS ASAS DO VENTO”

terça-feira, 6 de março de 2012

BAÚ DE MEMÓRIAS


Imagem retirada da internet 


Fui ao sótão arrumar
Os meus baús de memórias
Onde costumo guardar
Todas as minhas histórias

Sem ter qualquer embaraço
Deitei algumas no lixo
Só ocupavam espaço
Eram murchas, já sem viço

Outras limpei com cuidado
Não fosse, de tão velhinhas,
Perder-lhes algum bocado
Porque essas… são só minhas

Lá bem no fundo escondidas
Algumas quase estragadas
Mas outras bem divertidas
Envoltas em gargalhadas

E muito bem resguardadas
Num baú cheio de cor
Bem levantado do chão
Lembranças emocionadas
Gestos de profundo amor
Que guardo no coração

Landa

Lisboa, 31 de Março de 2011
Em “NAS ASAS DO VENTO”

PRECISO



Ilha da Madeira - L. M.


Preciso ver o mar da minha infância
Com ondas a bater negros rochedos
Cheirar das rosas bravas a fragrância
Ouvir contos de fadas e bruxedos



Sentir o doce aroma do jasmim
Ouvir o chilrear da passarada
Olhar o horizonte sem ter fim
Do alto duma casa alcandorada



Ver a vida a passar já de mansinho
As lutas e querelas terminadas
E percorrer o resto do caminho
Ao encontro de novas alvoradas



Preciso de voltar a me encontrar
De rever a minha alma de criança
Preciso novamente acreditar
Na fé, na verdade, na esperança



Landa

Lisboa, 30 de Junho de 2011
Em “NAS ASAS DO VENTO”

domingo, 4 de março de 2012

A MINHA MENINA



 
foto tirada por L. M.


À minha filha, com amor


Acabada de nascer
Narizito esborrachado
Um olhar meio azulado
Eras linda de morrer

Encostei-te ao coração
E aquele amor que sentia
Transformou-se em alegria
Chorei de pura emoção

Custou-me a acreditar
Quando, naquela manhã,
Me chamaste de mamã
E começaste a falar

Cresceste tão de repente!
Foste então para a escola
Livros dentro da sacola
Uma amostrinha de gente

Achas-te grande senhora
Queres ser independente
Abraças-me e, num repente,
Voltas costas, vais embora

És tudo o que sempre quis
Foste filha desejada
Não te trocava por nada
Quero é que sejas feliz

Seguirás a tua sina
Agora, já és mulher
Esteja eu onde estiver
Tu és A MINHA MENINA.

Landa 

Lisboa, 7 de Agosto de 2011
Em “PARA ALÉM DO HORIZONTE”

SOLIDÃO

 
foto retirada da net 


http://www.4shared.com/audio/DoJsP9Dp/Solidao_de_Landa_Machado.html


Em tempos passados perdi-me de mim
No passar dos dias havia um vazio
Meus passos pesados já não tinham fim
E o negro das noites cobria o meu frio

No branco silêncio o eco da vida
Passava ao meu lado sem já me tocar
E o riso dos outros, vibração contida,
Era um som distante não tinha lugar

Jangada encalhada em ilha deserta
Sozinha perdida num mar de sargaços
Sem rumo sem norte sem destino ou meta
Piloto sem leme de vida em pedaços

Cansada do Mundo, da luta sem fim
Sonhos e desejos feitos em farrapos
Ao olhar em volta em busca de mim
Vejo a solidão... que me estende os braços

Landa

Lisboa, 16 de Agosto de 2011
Em “NAS ASAS DO VENTO”

sábado, 3 de março de 2012

DESILUSÃO

 Imagem retirada da net

Despi sentimentos
E desci à rua
P'ra ver por momentos
A verdade crua

Vi sangue a correr pelas vielas
Destroços espalhados pelo chão
Vi casas entaipadas sem janelas
Crianças mutiladas sem ter pão

Vi droga a ser vendida aqui bem perto
Políticos mentindo à descarada
Pedófilos passeando a céu aberto
Polícias sem apoio a fazer nada

Vi crianças violadas p'los pais
Velhos sem ter pudor sem ter vergonha
Que falta ainda ver que falta mais?!
P'ra que alguém se erga, alguém se imponha?!

Tudo isto eu vi
Ao olhar a vida
Por isso volvi
Tão desiludida

Landa

Lisboa, 14 de Maio de 2008
Em “NAS ASAS DO VENTO”

sexta-feira, 2 de março de 2012

FEVEREIRO NO PARQUE DE MONSANTO


Parque de Monsanto - amendoeiras em flor




     Fevereiro de 2012 - foto tirada por L.M.





Fevereiro de 2012 - foto tirada por  L.M.

COMEÇOU A PRIMAVERA NO PARQUE DE MONSANTO

O Parque de Monsanto cobriu-se de branco




Fevereiro de 2012 - foto tirada por  L.M.







Fevereiro de 2012 - foto tirada por  L.M.