segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A DANÇA DAS VELAS

recebida por email












Vieste ligeiro em passo de dança
Um leve sorriso quase de menino

Trazias nos olhos um brilho de espr’ança
Nas mãos estendidas todo o teu carinho

Teu gesto tão brando dum amor ternura
Na noite gelada inventou calor
Acendeu desejos, espalhou loucura,
Tornou-se maestro dos toques de amor.

No doce aconchego do quarto fechado,
A chama das velas em louco bailado,
Houve cantos, rezas, que ao amor conduz

O negro da noite virou claridade
Todo o sentimento foi pura verdade
E a dança das velas explodiu em luz

Landa

Em "NA LONJURA DO TEMPO"

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

MEU PRESENTE PARA TI


 foto retirada da internet

Com um raio de luar
Fiz um poema-canção
Ao ouvir o som do mar
Das ondas fiz oração
 
Da luz brilhante do sol
Fiz um mundo de magia
Das cores do arrebol
Trouxe um ramo d'alegria
 
Com o céu todo estrelado
E o calor da fogueira
Fiz  um abraço apertado
Pus num sapato encantado
Deixei na tua lareira

 
Landa

Em “NAS ASAS DO VENTO

O MEU NATAL


 foto retirada da internet

Lembro-me sempre com gosto
Dos meus Natais de criança
O presépio era reposto
Com amor e com esperança 

  
Os sapatos na lareira,
A árvore toda enfeitada,
Presentes e brincadeira
Numa alegria encantada 

  
Na noite da Consoada
O meu pai, pela tardinha,
Fazia sempre uma quadra
Colocava-a na Lapinha* 

  
E o Menino lá deitado
Junto aos pais e ao burrinho
Parecia olhar de lado
E sorrir-lhe com carinho 

  
Havia sonhos, filhoses,
Licor e bolos de mel
E o som de muitas vozes
Falando quase em tropel 

  
Quem dera poder voltar
Ao meu Natal de criança
Onde havia amor pra dar
E nunca faltava esperança 

  
Mas cresci, e afinal,
Vi que tudo era diferente…
Esse sonho de Natal
Não é para toda a gente 

  
Quem sabe se qualquer dia,
Mesmo quase por magia,
Um milagre seja feito…
E Deus, na Sua bondade,
Faça que esta humanidade
Construa um mundo perfeito.



Landa 

Em “PARA ALÉM DO HORIZONTE…”

*Lapinha é como chamam ao presépio na Madeira

O MEU LIVRO

Foto retirada da net
























Folheei o meu livro de memórias
Feito de páginas brancas, ao nascer,
E revi quase todas as histórias
Que a vida me foi dando p'ra viver

Folhas escritas sem qualquer caneta
Com desenhos de sonho e fantasias
De tinta azul, verde, às vezes preta
Contando amores, mágoas, alegrias.

As folhas até hoje todas escritas...
Algumas, já velhinhas, tão bonitas
Que parei, uns instantes, para ver

Não sei de quantas páginas é o meu livro
Só tenho d'o escrever, enquanto vivo,
Mas já tem poucas folhas p'ra escrever

Landa

Lisboa, 27 de Março de 2007
Em “PARA ALÉM DO HORIZONTE…”