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Hoje apeteceu-me escrever por escrever
Sem consonância, quadras ou tercetos
Assim sem forma, sem ter esqueletos,
P’ra que se moldem somente a quem os ler
Versos sem rima ou métrica, libertos
Desses poemas modernos controversos
Como fazem estes novos escritores.
Palavras sem precisar contar histórias
Despidas de sentido, sem memórias
Desnudando meu ser sem mais pudores
Escrever em papéis por aí, meio dispersos…
Escrever, por escrever, com toda a calma
Desfazendo as mil rugas da minha alma
Nos farrapos distorcidos dos meus versos.
Landa
Em “NA LONJURA DO TEMPO”