foto retirada da net
http://www.4shared.com/audio/DoJsP9Dp/So
Em tempos passados perdi-me de mim
No passar dos dias havia um vazio
Meus passos pesados já não tinham fim
E o negro das noites cobria o meu frio
No branco silêncio o eco da vida
Passava ao meu lado sem já me tocar
E o riso dos outros, vibração contida,
Era um som distante não tinha lugar
Jangada encalhada em ilha deserta
Sozinha perdida num mar de sargaços
Sem rumo sem norte sem destino ou meta
Piloto sem leme de vida em pedaços
Cansada do Mundo, da luta sem fim
Sonhos e desejos feitos em farrapos
Ao olhar em volta em busca de mim
Vejo a solidão... que me estende os braços
Landa
Lisboa, 16 de Agosto de 2011
Em “NAS ASAS DO VENTO”
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ResponderEliminarUi! Este é mesmo negro, como a foto. Uma construção notável: ia por aí fora no pretérito imperfeito, esperando que a situação melhorasse, ma não, passou ao presente, acaba mal, ponto final.
(Fica a hipótese, não encarada no poema, de um futuro melhor)
Gi a 19 de Agosto de 2011 às 13:32
Pois é, a solidão, quando é forçada, é triste e horrível, é preto e branco
Mas também há a solidão que se deseja e se procura. E essa é doce e colorida
Um dia talvez lhe faça um poema também...
Bj
Landa a 20 de Agosto de 2011 às 18:47