Ilha da Madeira - L. M.


Preciso ver o mar da minha infância
Com ondas a bater negros rochedos
Cheirar das rosas bravas a fragrância
Ouvir contos de fadas e bruxedos



Sentir o doce aroma do jasmim
Ouvir o chilrear da passarada
Olhar o horizonte sem ter fim
Do alto duma casa alcandorada



Ver a vida a passar já de mansinho
As lutas e querelas terminadas
E percorrer o resto do caminho
Ao encontro de novas alvoradas



Preciso de voltar a me encontrar
De rever a minha alma de criança
Preciso novamente acreditar
Na fé, na verdade, na esperança



Landa

Lisboa, 30 de Junho de 2011
Em “NAS ASAS DO VENTO”