foto retirada da net 


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Em tempos passados perdi-me de mim
No passar dos dias havia um vazio
Meus passos pesados já não tinham fim
E o negro das noites cobria o meu frio

No branco silêncio o eco da vida
Passava ao meu lado sem já me tocar
E o riso dos outros, vibração contida,
Era um som distante não tinha lugar

Jangada encalhada em ilha deserta
Sozinha perdida num mar de sargaços
Sem rumo sem norte sem destino ou meta
Piloto sem leme de vida em pedaços

Cansada do Mundo, da luta sem fim
Sonhos e desejos feitos em farrapos
Ao olhar em volta em busca de mim
Vejo a solidão... que me estende os braços

Landa

Lisboa, 16 de Agosto de 2011
Em “NAS ASAS DO VENTO”